Guilherme Serrano
A Apple está enfrentando uma ação judicial na Califórnia, acusada de monitorar ilegalmente dispositivos pessoais e contas do iCloud de seus funcionários, além de restringir discussões sobre salários e condições de trabalho.
A denúncia foi apresentada no dia 1º de dezembro de 2024 por Amar Bhakta, funcionário da área de publicidade digital na empresa desde 2020. Ele afirma que foi impedido de falar sobre seu trabalho em podcasts e orientado a remover informações sobre suas condições de trabalho do seu perfil no LinkedIn.
“As políticas e práticas de vigilância da Apple inibem e, portanto, também restringem ilegalmente a denúncia de funcionários, a concorrência, a liberdade de movimentação de funcionários no mercado de trabalho e a liberdade de expressão”, diz o processo.
O texto também alega que a Apple exige que seus funcionários instalem softwares em dispositivos pessoais usados para trabalho, permitindo à empresa acessar dados privados como e-mails, fotos, informações de saúde e outras informações confidenciais. Além disso, políticas de confidencialidade supostamente proíbem os empregados de discutir condições laborais, até mesmo com a imprensa, e de participar de denúncias protegidas por lei.
Segundo o processo, essas práticas não apenas inibem, mas também restringem ilegalmente a liberdade de expressão, a denúncia de irregularidades e a mobilidade dos funcionários no mercado de trabalho.
A ação contra a Apple foi movida com base em uma legislação exclusiva da Califórnia, que permite que empregados processem empresas em nome do estado, mantendo 35% das penalidades aplicadas em caso de vitória.
Em resposta, a Apple negou as acusações por meio de um porta-voz, alegando que as acusações carecem de mérito e destacando que seus funcionários são treinados anualmente sobre seus direitos de discutir condições de trabalho. A empresa declarou estar focada em criar produtos e serviços de alta qualidade e proteger as invenções desenvolvidas por suas equipes.
Guilherme Serrano