A Síndrome de FOMO, ou “fear of missing out” (medo de ficar de fora), é um fenômeno que diz respeito à ansiedade constante relacionada ao que acontece nas plataformas digitais.
O termo foi criado no ano 2000 pelo estrategista de marketing Dan Herman, e se popularizou com o crescente alcance dos smartphones e das mídias digitais.
A síndrome de FOMO leva as pessoas a checarem incessantemente suas redes sociais, buscando estar sempre por dentro do que acontece nas plataformas. Assim, ficam nervosas, irritadas e ansiosas quando não conseguem estar conectadas.
Um outro termo muito parecido também utilizado nesse contexto é o do FOLO: fear of loggin out, ou medo de se desconectar.
Esse receio de ficar de fora do que acontece ou se passa na internet traz efeitos para os mais diversos âmbitos da vida. No ambiente de trabalho, por exemplo, muitos se sentem forçados a acompanhar grupos de mensagens, mesmo fora do expediente.
No contexto acadêmico, as notificações constantes podem prejudicar a concentração, tornando difícil a realização de atividades de estudo.
Na vida pessoal, o FOMO alimenta a comparação constante com as experiências dos outros, muitas vezes levando a sentimentos de insuficiência e baixa autoestima, diante de um ciclo vicioso de comparação.
Alguns efeitos dessa comparação contínua são o medo de perder seguidores, a ansiedade em não receber curtidas e a frustração quando as postagens não geram o engajamento esperado.
Além disso, a síndrome compromete também os momentos de ócio, que são essenciais para o descanso da mente e o desenvolvimento da criatividade.
Também vale destacar que exposição prolongada a dispositivos eletrônicos está relacionada a um estilo de vida sedentário e a uma alimentação pouco saudável. O impacto da luz azul nos aparelhos afeta o sono, e a dificuldade em relaxar com as notificações ligadas torna o descanso ainda mais complicado.
Diante disso, a síndrome de FOMO reflete uma preocupação crescente na sociedade moderna. Com o avanço das redes sociais, os sentimentos de ansiedade e inadequação associados a essa síndrome se tornaram mais comuns e impactantes na qualidade de vida das pessoas, ressaltando a necessidade de uma reflexão sobre o uso equilibrado das tecnologias na busca pelo bem-estar.
Na contramão da FOMO, um outro termo também vem ganhando popularidade: o JOLO, joy of loggin out, ou alegria por se desconectarF. Nesse caso, a sigla não diz respeito a uma síndrome, mas sim a um movimento que busca se livrar dessa pressão feita pelas redes sociais e por um mundo cada vez mais conectado.