Guilherme Serrano
Muito se fala sobre os impactos que o uso excessivo das mídias digitais exercem sobre a saúde mental da população. No entanto, muitas vezes a saúde física dos usuários também é comprometida, como no caso da síndrome do pescoço de texto.
Também conhecida como text neck, essa condição surge da inclinação do pescoço para baixo, movimento típico do uso de smartphones. Acontece que o peso da cabeça, que naturalmente é de aproximadamente cinco quilos, pode aumentar em até cinco vezes quando ela está inclinada, sobrecarregando a musculatura e as articulações vertebrais.
Assim, essa má postura prolongada, sem pausas para descanso, contribui diretamente para o surgimento da síndrome. Pessoas que passam muitas horas conectadas estão entre os grupos mais afetados pela text neck, uma dor da era moderna.
Os principais sintomas da síndrome do pescoço de texto incluem:
- Dor no pescoço e na nuca;
- Dor de cabeça, especialmente na região posterior;
- Dor nos ombros e nas costas;
- Rigidez muscular e sensação de aperto;
- Fadiga muscular;
- Formigamento e dormência nos braços e mãos, nos casos mais avançados;
- Redução da mobilidade e da capacidade de trabalho;
- Espasmos musculares e degeneração das vértebras cervicais;
- Risco aumentado de hérnias de disco e artrose precoce.
A melhor forma de evitar essa condição é adotar uma postura correta ao utilizar dispositivos eletrônicos. Algumas dicas essenciais incluem:
- Manter a coluna ereta e elevar o celular à altura dos olhos, evitando inclinar a cabeça para baixo;
- Fazer pausas regulares para alongar o pescoço e os ombros;
- Praticar exercícios de fortalecimento para a musculatura cervical;
- Limitar o tempo de uso contínuo dos dispositivos;
- Ajustar a ergonomia do ambiente de trabalho, evitando o uso prolongado de dispositivos móveis em posições desconfortáveis.
Assim, a síndrome do pescoço de texto pode ser evitadas com simples ajustes na postura e na rotina diária. Contudo, nos casos em que os sintomas já estão presentes, além das medidas preventivas, pode ser necessário buscar auxílio médico para tratamentos específicos, como fisioterapia e alongamentos direcionados.
Guilherme Serrano