Brasileiros fazem detox das redes sociais em prol da saúde mental

Redes sociais

Em tempos de hiperconexão, desligar-se das redes sociais pode soar radical, mas, para muitos brasileiros, essa tem sido uma escolha consciente de autocuidado. Uma nova pesquisa realizada pela Pluxee revela que 67% dos brasileiros reduziram o uso das redes sociais para melhorar a própria saúde mental.

A tendência, conhecida como detox digital, reflete um movimento crescente de pessoas que reconhecem os impactos negativos do uso excessivo das redes sobre o bem-estar emocional. Entre os mais de 2.900 entrevistados, muitos relataram ter diminuído significativamente o tempo de uso diário ou até mesmo desativado suas contas, citando principalmente perda de tempo, ansiedade e estresse como os principais motivos.

Segundo o levantamento, 82% dos respondentes já passam no máximo duas horas por dia conectados às redes, e 56% afirmam limitar esse tempo a até uma hora diária. Isso sugere que o movimento não se restringe a ações pontuais, mas representa uma mudança consistente de comportamento digital.

Embora a maioria dos participantes da pesquisa tenha entre 35 e 44 anos (32%), os dados mostram que os jovens de 18 a 24 anos, que representam apenas 9% da amostra, são proporcionalmente os que mais reduziram o tempo em plataformas como Instagram, TikTok e Facebook. Para esse grupo, 38% optaram por reduzir o tempo de uso diário.

Já entre os adultos de 25 a 34 e 45 a 54 anos, o percentual de participação na pesquisa é igual: 24%. Independentemente da idade, a mensagem é clara: existe um movimento intergeracional de busca por equilíbrio digital.

As plataformas que mais tiveram redução no uso, por parte dos usuários entrevistados, foram:

  • 📉 Facebook: 51% de redução
  • 📉 Instagram: 48%
  • 📉 TikTok: 41%
  • 📉 X (antigo Twitter): 29%
  • 📉 YouTube: 21%
  • 📉 LinkedIn: 16%
  • 📉 Outras: 14%

O estudo ainda revela que 56% dos entrevistados desejam reduzir ainda mais o tempo de uso ou cogitam abandonar as redes completamente.

Essa escolha de desacelerar digitalmente não vem à toa. O excesso de estímulos, comparações sociais, notificações incessantes e consumo ininterrupto de informações têm afetado profundamente o bem-estar psíquico da população. Ao limitar o tempo nas redes sociais, muitos brasileiros estão priorizando a vida offline, o convívio real e o autocuidado emocional. Em um mundo cada vez mais mediado por telas, aprender a usá-las com consciência não é só uma questão de saúde mental: é um exercício de liberdade.

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