Guilherme Serrano
O Instagram anunciou, nesta terça-feira (08), novas restrições voltadas à proteção de adolescentes no ambiente digital. A partir de agora, menores de 16 anos não poderão mais realizar transmissões ao vivo sem a autorização explícita dos pais ou responsáveis.
Além disso, os adolescentes não poderão desativar o recurso que desfoca imagens suspeitas de conter nudez em mensagens diretas (DMs), a menos que recebam permissão dos responsáveis.
As medidas já começaram a ser implementadas e fazem parte da Conta de Adolescente, recurso lançado em 2024 com o objetivo de fortalecer os mecanismos de segurança para usuários jovens.
A Conta de Adolescente exige a aprovação dos pais para que menores de 16 anos alterem configurações de privacidade, conteúdo ou interação. Entre os controles disponíveis estão o limite de tempo diário de uso, bloqueio de uso em determinados horários e acesso às contas com as quais os filhos se comunicam. Para jovens entre 16 e 17 anos, há mais autonomia: eles podem modificar algumas configurações por conta própria, embora ainda sob orientações da plataforma.
A expansão dessa conta agora alcança também o Facebook e o Messenger nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá. Ainda não há data confirmada para chegada desses recursos ao Brasil e outros países.
As novas diretrizes respondem à crescente pressão sobre as big techs por medidas mais eficazes no combate a riscos como aliciamento online, exposição indevida e conteúdos inapropriados. Segundo a Meta, empresa dona do Instagram, mais de 54 milhões de adolescentes usam o Instagram em todo o mundo, e mais de 90% dos jovens de 13 a 15 anos mantêm as restrições de segurança padrão.
Com medidas como o bloqueio de lives e a obrigatoriedade de filtros de imagem, o Instagram sinaliza uma tentativa de tornar suas redes mais seguras. Mas é importante ressaltar que o diálogo entre pais e filhos, o acompanhamento ativo e o olhar atento ainda são as ferramentas poderosas para garantir uma experiência digital saudável.
Guilherme Serrano