Guilherme Serrano
Em um mundo cada vez mais conectado, o celular deixou de ser apenas um dispositivo de comunicação para se tornar uma extensão da vida moderna. Nesse contexto, o termo nomofobia foi criado para se referir ao medo irracional de ficar sem o celular.
O termo “nomofobia” vem do inglês “no mobile phone phobia“ e foi cunhado no Reino Unido em 2009. Ele descreve a ansiedade sentida pelas pessoas quando estão sem acesso ao celular, seja por falta de bateria, ausência de sinal ou mesmo por terem esquecido o aparelho em casa.
Embora ainda não seja reconhecida como uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especialistas apontam que a nomofobia tem características semelhantes a transtornos de ansiedade.
A nomofobia pode se manifestar de várias formas, com sintomas emocionais, comportamentais e físicos. Entre os sinais mais comuns estão:
- Ansiedade intensa ao ficar sem o celular ou sem acesso à internet.
- Necessidade constante de verificar mensagens e notificações.
- Hábito de nunca desligar o celular, nem mesmo durante a noite.
- Levar o carregador para todos os lugares, com medo de ficar sem bateria.
- Dores físicas como cefaleia, desconforto nos olhos, dores no pescoço e no pulso, causadas pelo uso prolongado do aparelho.
Estudos indicam que a nomofobia pode levar a sentimentos de isolamento, depressão e perda de contato com relações presenciais. Adolescentes são os mais vulneráveis, especialmente aqueles entre 14 e 16 anos, devido à necessidade de aceitação social e à maior familiaridade com tecnologias.
Especialistas também alertam que a superexposição ao uso de celulares também pode prejudicar a capacidade de concentração e produtividade, aumentando a sensação de esgotamento mental.
O tratamento para nomofobia pode incluir terapia psicológica para lidar com a ansiedade e técnicas para reduzir o uso excessivo do celular, como estabelecer horários para se desconectar e priorizar interações presenciais.
Guilherme Serrano